Grupo de Forcados Amadores de Lisboa

Fundado a 14 de agosto de 1944, O Grupo de Forcados Amadores de Lisboa é, em antiguidade, o terceiro grupo mais antigo de Portugal.

Iniciando as suas prestações em festivais em 1943, estreou-se formalmente numa corrida de toiros realizada em Cascais no dia 14 de agosto de 1944, sob o comando do icónico Nuno Salvação Barreto, 1.º Cabo do Grupo.

O GFA de Lisboa alcançou grande prestígio, reforçado em 1950, quando participou em Roma nas filmagens do filme Quo Vadis (1951), em que Nuno Salvação Barreto, encarnou a personagem de Brutus, pegando um toiro da ganadaria Infante da Câmara em hastes limpas.

Os Amadores de Lisboa levaram o nome da cidade que representam aos quatro cantos do mundo. Pegaram em vários países, tais como Espanha (Sevilha, na Feira de Abril, Pamplona, Las Ventas (Madrid) na “Feira de Outono” e na “Feira de Santo Isidro”, Badajoz, Las Palmas, Puerto de Santa Maria, Arnedo. EUA (Califórnia em 2000, 2004 e 2005), México (Yucatan em 2014 e Cidade do México em 2019).

Os Amadores de Lisboa envergam jaquetas de ramagens cujos botões das mesmas têm gravado o brasão da Câmara Municipal de Lisboa.

Em 1992 José Luís Gomes, pupilo de confiança de Salvação Barreto sucedeu na liderança do Grupo. Forcado fino, de referência e líder exemplar, pegou nas mais importantes praças do país e além fronteiras, amealhando diversos prémios na sua longa e prestigiada carreira, De destacar em 2010 quando da sua despedida, recebeu das mãos de António Costa a medalha municipal de mérito, grau ouro. Na deliberação que consta do Boletim Municipal publicado a 1 de Outubro de 2009.

Pedro Maria Gomes, cabo desde 2010, recebeu a difícil tarefa de suceder a duas figuras incontornáveis da tauromaquia portuguesa e da cidade de Lisboa. Tendo sofrido uma grave colhida em 2003 que o deixou às porta da morte, quis o destino que passados 6 anos fosse eleito por unanimidade no seio dos seus colegas para conduzir os destinos gloriosos de uma história com mais de 80 anos fazendo questão de manter os seus pergaminhos que se baseiam primeiro na formação de cidadãos exemplares para a sociedade e só depois bons forcados. Continua a exercer funções até à presente data.

Prémios e distinções:

• Prémio Bordalo / Prémio Imprensa em 1969 e 1971
• Medalha de Mérito Cultural concedida pelo Ministério da Cultura de Portugal em 1991 a Nuno Salvação Barreto
• Medalha de Ouro da Cidade de Lisboa concedida pela Câmara Municipal de Lisboa em 1997
• Medalha de Mérito Municipal (Grau Ouro) concedida pela Câmara Municipal de Lisboa a José Luís Gomes em 2010
• Voto de saudação atribuído pelo PSD, PS, CHEGA, CDS-PP, IL e CDU relativo aos 80 anos de fundação do GFA de Lisboa

Carlos Patrício Álvares, um dos fundadores do Grupo, no seu livro “Pega de Caras” escreveu: “Tinham tudo o que um Grupo de Forcados precisa para triunfar. O seu arranque e implantação no meio tauromáquico provaram o seu valor. Desbravaram mato, derrubaram barreiras e venceram.”